O silêncio pode ser considerado uma ausência de som. Todavia, existe melodia no silêncio, que em si, reflete a harmonia.
A harmonia é um conjunto de sons, que se entrelaçam num ritmo, dando forma (estrutura) e dinâmica (intensidade) ao que é uma música.
No silêncio, é permitido sentir, e sentir é uma parte importante na peregrinação. Peregrinar é caminhar e quando se caminha, a apreciação do que nos entorna é a fonte capaz de entorpecer ou despertar os cinco sentidos da alma.
Existe algo realmente valioso no silêncio. Não na ausência eterna de ruído, mas no que ele é capaz de ensinar e nos fazer refletir.
Trata-se duma ausência de consistência, que reflete a intensidade, porque é na intensidade, que se constrói o ritmo.
O silêncio assusta, enclausura, mas também permite sentir, compreender e libertar, entre brechas de escuridão e luz.
No essencial, existe o primordial, porque o que seria do mundo, se os ruídos fossem a constante da equação?
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E depois do silêncio?
Depois do silêncio, existe sempre muito ou nada a ser dito.
Sentir!
Parte do sentir!...Toda a ação humana.
Bisogna fare buon viso a cattivo gioco!
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