quarta-feira, 9 de abril de 2025

Entre a essência e o real!

Entre a essência e o real

Ela tinha uma inquietação com o tempo

Talvez, o tempo tivesse-lhe ensinado o silêncio

Não por escolha, mas por imposição

Existia um vazio no silêncio

Ela tinha melhores amigos

E amores de alma

Mas seria compreendida a 100%?

Faltavam peças no puzzle, que tanto era ela

E o que há da sua cópia manuscrita?

E o amor da sua vida?

Seria dela?

Ela tinha feridas no seu coração

Ao amor da sua vida, desconheço

Pouco ou nada sei, as cores do quadro

Mas a ela eu conheço

Ela é um reflexo meu e eu dela

Existia tudo e nada

Seria o amor um quebranto?

Alento de silêncios, que ela forçava relevar?

O amor quando não demonstrado

Vira tormento, que consome

E então, percorres caminhos não tão teus, mas teus?

A ela eu conheço, a ele desconheço

Existia então, um eco de silêncio

E esse reflexo, sou eu!

Onde não puderes amar, não te demores!

Faltava então a água, e sobrava o fogo

Mas o fogo em excesso consome os sentidos

Eu, água

Ao deparar-me com tanto fogo no mapa, senti uma flecha em mim

Mediante, tanto fogo,

Que pensava consumir a água, enquanto a água consumia o fogo e o ar, batendo na encosta terrena

Então percebi!

Que, talvez, a essência fosse a água

A água era real

Em prol da essência

Do sentir!

E entre sentir e não sentir

Escolhi, então, sentir!

Talvez, por inconscientemente saber, que mesmo sem saber

Existia uma parte real, nua e crua, em mim

Que não fazia parte dela!

Mas, que mesmo incógnita

Em mim, era um reflexo meu, entre o real e a essência!

Sentir na encosta...

O real!

Porque o reflexo dela, sou eu!

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