terça-feira, 11 de março de 2025

Cláudia Leitte: Intemporal

Existia entre o inverno e o verão uma dualidade perfeita, quando o tempo se cruzava imperfeitamente (perfeito).

Sabes, Julie, eu amo o inverno pelas suas simples promessas de calor em dias de neve, onde, cada galho de árvore está coberto de flocos, e então se faz magia!

Havia algo inquietante no inverno, que remontava ao calor! Será que fazia calor na estação em que deixei o Taylor pendurado, à espera dum bilhete de despedida?

Já não me lembro ao certo porque me despedi de algo, de que nunca me despedi. Mas talvez, lembre-me do que partia o meu coração. 

Seria real?

Enquanto encontrava no Fleep a perfeição de coisas nunca iniciadas, nem acabadas. Mas inteiras.

E no Francis, um reflexo da minha alma incompreendida. Talvez, eu e o Francis sejamos almas gémeas por nunca conseguirmos viver plenamente?

Mas seria viver plenamente aceitarmos 100% do que nós sempre fomos? Nesses contornos e contracurvas tão nossos?

Seria o inverno meu e o verão apenas um reflexo da minha alma passada, quando existe um silêncio trazido entre Outono e Primavera?

A alma será sempre a alma! Quando te questionas, a resposta é onde puderes amar e fores amado.

Se o quiseres ser! 😊 Sê!

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